Da Série Sobre quem somos
O HOMEM
O homem é um animal racional. Essa é a realidade da nossa existência!
Contudo, seja por inconformismo com essa verdade, seja por preocupações que nos consomem no cotidiano ou talvez até um pretexto do inconsciente para tirá-la do primeiro plano de nossos pensamentos, fomos criando ilusões acerca de nós e de nossa efêmera existência.
O certo é que somente com a verdade sobre nós, encontramos a mais absoluta e genuína maneira de explicar o comportamento humano, sem usá-la para validar condutas exploratórias individuais ou coletivas. À luz do Darwinismo e da psicologia evolucionista, se constata, apesar dos preconceitos, o homem como ele realmente é, sem falsificações ou ilusões, um Animal Racional!
Compreender a origem do homem, e por conseguinte quem somos, ainda nos dias atuais, é um caminho tortuoso, pois temos que amadurecer e sobrepor muitos dogmas enraizados em nossa mente, principalmente de cunho religioso.
Ultrapassada essa barreira, se torna entusiasmante conhecer e compreender os passos que foram dados por nossos antepassados, as dificuldades enfrentadas num ambiente hostil, os medos e angústias e, as fascinantes descobertas com a tomada da consciência humana que torna ainda mais empolgante toda a trajetória da humanidade.
E nesse contexto, o homem precisa conhecer a si mesmo, e falar de Autoconhecimento pressupõe primariamente sabermos quem somos, nossas origens e nossos dilemas e, com a consciência da realidade que nos cerca e de nós mesmos, tornar-nos mais aptos ao enfrentamento desses dilemas, tornando a vida cotidiana mais leve, serena e gratificante!
Ao longo da nossa vida nos são incutidas ideias sobre o mundo em que vivemos, das quais sobre religião, política, comportamento social, sexo e outras crenças que vão enraizando durante nosso crescimento cronológico e mental, de acordo ou não com a nossa vontade e que na maioria das vezes vão constituindo nosso ser, influenciando e perpetuando sentimentos e comportamentos muitas vezes nocivos na nossa vida adulta.
Ao chegarmos à vida adulta, já constituídos de alguns blocos de pensamentos e comportamentos, os quais contêm verdades ou não, que nos foram passadas por pessoas significativas do nosso meio, constatamos pseudo verdades. A partir disso muitas vezes tentamos elaborar e criar nossas próprias verdades e com isso sentimos razoável segurança psicológica e até ideológica para o enfrentamento da vida.
Contudo, eis que, ao nos depararmos com os primeiros dilemas encontramos enormes dificuldades em elaborá-los razoavelmente, causando grandes dissabores, angústias e inclusive estados depressivos, o que nos dias atuais ainda mais agravados devido aos rápidos avanços tecnológicos.
E por que isso acontece é a pergunta que devemos fazer.
A resposta parece bem simples, porém é preciso entender a dificuldade que uma pessoa terá para reorganizar o que colocou dentro desses blocos mentais, o que hoje se chama de crenças limitantes ou outras definições. Compreender tudo o que nos afeta hoje depende da compreensão de como as coisas foram no passado, os acontecimentos que já foram modificados e ainda podem ser a qualquer momento devidos às novas descobertas que sempre aconteceram.
Está mais do que na hora de estudar e compreender o quanto o nosso lado animal está presente em nossas atitudes nas ações do dia a dia e nas profundezas da mente, escamoteado sob a forma de sentimentos e paixões.
Por isso, só o conhecimento profundo ou a tentativa honesta dele de todas as nossas reais verdades é que nos permitirá o progresso como humanidade, com melhoras significativa nas nossas relações pessoais e interpessoais

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